Parque Natural da Ria Formosa
Criado pelo Decreto-Lei nº373/87, de 9 de Dezembro, posteriormente regulamentado pelo Decreto-Regulamentar nº2/91, de 24 de Janeiro, o Parque Natural da Ria Formosa estende-se ao longo de 60km da costa sotavento do Algarve (e não Allgarve!), entre o Ancão (concelho de Loulé) e a Manta Rota (concelho V. R.Sto Antonio), ocupando cerca de 18400 hectares, distribuidos pelos concelhos de Olhão, Loulé, Tavira, V. R. de Sto António e Faro. Anteriormente a Ria Formosa tinha estatuto de Reserva Natural, instituído em 1978.
A maior parte desta área corresponde ao sistema lagunar da Ria Formosa, um cordão de ilhas e peninsulas arenosas que se estende mais ou menos paralelamente à costa, protegendo uma laguna onde se desenvolve um labirinto de sapais, canais, zonas de vasa e ilhotes.
Estas caracteristicas naturais e a sua situação geográfica elegem-na como àrea de grande importância do ponto de vista da avifauna, sobretudo a aquática. Nesta qualidade, pela Convenção de Ramsar (tratado inter-governamental adoptado em 1971 na cidade iraniana de Ramsar) o parque foi classificado como Zona Húmida de Interesse Internacional.
O parque constitui uma zona de invernada de aves provenientes do Norte e Centro da Europa, com destaque para algumas espécies de anatideos, como a piadeira (Anas penelope), o pato-trombeiro (Anas clypeata), o marrequinho-comum (Anas crecca) e o zarro-comum (Aithya ferina), e os limícolas, como o pilrito-comum (Calidris alpina), o fuselo (Limosa laponica), o maçarico-real (Numenius arquata) e a tarambola cinzenta (Pluvialis squatarola). Constitui também uma zona de passagem para as migrações entre o Norte da Europa e a África.
O interesse do Parque não se esgota na avifauna. Constitui uma área de grande interesse botânico; funciona como "viveiro" de espécies marinhas, algumas delas de valor comercial e é uma área importante de reprodução de moluscos bivalves.
O símbolo do Parque é o caimão-comum, espécie rara que em Portugal existe e se reproduz exclusivamente nestes lagos algarvios.
(clica na imagem para ver um camão real)
O Parque Natural da Ria Formosa tem sede em Olhão (perto do Parque de Campismo de Olhão, em Marim) e oferece aos seus visitantes um percurso pedestre de 3 Km, no qual pode visitar:
- Uma estação romana do séc. IV, com vestígios de antigos tanques de salga de peixe;
- Um moinho de maré
- Uma barca de atum que levava o pescado às fábricas de conserva da área
- Um observatório de aves em liberdade
- Um aquário anexo ao Centro de Educação Ambiental
- Centro de Recuperação de Aves, onde se reabilitam aves feridas
- Centro de Reprodução e Criação de Cães-de-Água do Algarve
Poder-se-á ainda visitar o Chalet do Poeta João Lúcio onde funciona actualmente uma Ecoteca. Este Chalet e a extraordinária Quinta da Regaleira (em Sintra) são os únicos exemplos da arquitectura simbolista em Portugal. O passeio pelo Parque tem em média a duração de uma hora e trinta minutos, mas se tiver a curiosidade suficiente para explorar todo este habitat natural, pode demorar o dobro do tempo, contribuido para tal umas simpáticas cabanas de madeira estratégicamente construidas para, em silêncio, conseguir observar toda a fauna caracteristica do Parque.
Aqui em baixo ficam algumas fotografias do parque. Cliquem nelas para aumentar.
A Ria tem também uma enorme importância económica devido à variedade de peixe, marisco e bivalves, sobretudo para Olhão, cidade também conhecida por ser a capital da Ria Formosa. Aqui se cultiva a ameijoa, saindo desta área cerca de 80% do total de exportação do país. A dourada, o robalo e o atum são peixes abundantes.
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Contactos do Parque:
Sede
Centro de Educação Ambiental de Marim - Quelfes
8700 OLHÃO
Tel.: (351) 289700210
Fax: (351) 289700219